Diante da possibilidade de mudança da prática docente, os professores são desafiados a exercitar o diálogo, como forma de explicitar claramente o pensamento sobre as pretensões relativas à aprendizagem esperada dos alunos. Além disso, o diálogo constitui-se como pressuposto para a vivência da pesquisa em sala de aula, resultando daí sua importância na comunicação do desejado. Por isso, a importância do professor estabelecer com os alunos uma comunicação adequada, que seja reveladora de suas intenções e sem a presença de imposições. A mesma deve ser percebida sempre como inacabada, e também com possibilidades de acréscimos de ambas as partes.
A utilização do diálogo é a possibilidade de encontrar as melhores respostas para os problemas que ele próprio, acompanhado de questionamentos, cria e movimenta durante a aprendizagem com pesquisa na sala de aula.
No trabalho com pesquisa em sala de aula, não há como prever os fatos que irão acontecer, e que atitudes podem ser tomadas antecipadamente. Existe a possibilidade de os professores estarem abertos a elas, e de utilizarem o diálogo como técnica permanente e meio de avançar significativamente no trabalho com pesquisa. Diante dessa afirmação, concordamos com Moraes (1998) quando, em um de seus textos, afirma:
No trabalho com pesquisa em sala de aula, não há como prever os fatos que irão acontecer, e que atitudes podem ser tomadas antecipadamente. Existe a possibilidade de os professores estarem abertos a elas, e de utilizarem o diálogo como técnica permanente e meio de avançar significativamente no trabalho com pesquisa. Diante dessa afirmação, concordamos com Moraes (1998) quando, em um de seus textos, afirma:
A utilização da pesquisa em sala de aula implica em
transformar os encontros entre os sujeitos em oportunidades
de diálogo. Isto possibilitará a construção e
reconstrução de conhecimento, através do permanente
questionamento dos conhecimentos que os componentes
do grupo já possuem. Neste sentido sempre se
partirá do ponto de vista de que todos têm conhecimentos
para se envolverem no diálogo.
Aproveitar os conhecimentos que os alunos possuem e considerar os mesmos como ponto de partida para avançar nas questões da aprendizagem são questões que os professores precisam superar para, assim, desfazer a crença de que “qualquer um pode ser professor, bastando que transmita receitas, imponha moral e cívica, distribua conselhos, dê aula” (DEMO, 1998, p.10). Ultrapassar esse conceito faz parte do desafio aos professores que pretendem alterar o seu fazer docente, através da vivência com a proposta de educar pela pesquisa em sala de aula. Através dessa ultrapassagem, os professores podem constatar a concepção errônea adquirida ao longo da experiência e da vida sobre o ensinar e o aprender.
Os professores precisam compreender que a evolução do conhecimento e a construção do professor são processos contínuos e que, no ato de ensinar, existe o confronto com dificuldades, obstáculos e resistências. É justamente nesse ponto estratégico que os professores precisam apresentar competência para a superação; entendemos, também, que, no encontro com o outro, viabilizam-se os meios para descobrir a melhor alternativa.
Na medida em que os professores avançam com o trabalho de pesquisa em sala de aula, o diálogo passa a ser mais significativo e, com isso, as dificuldades tornam-se menores, embora em nenhum momento desapareçam, já que, a cada passo à frente, surge novo obstáculo. Mesmo assim, é possível sentir-se fortalecido e a idéia preponderante é de que ninguém caminha sozinho no desafio de educar pela pesquisa, mesmo que por caminhos diferentes. São esses caminhos e esses movimentos que permitem aos professores compreender a necessidade de desenvolver nos alunos a capacidade de trabalhar em sala de aula com autonomia.
Através do movimento de procura dos alunos, gerado pelo educar pela pesquisa, as “certezas” dos professores ficam abaladas, pois, em vista disso, precisam se desacomodar, obrigatoriamente, da sabedoria e da certeza, que acreditavam possuir, para poder entender e mediar as necessidades dos alunos, num trabalho com pesquisa. Nesse ponto é que se efetivam, no nosso modo de entender, as ações sobre o recriar da autonomia, do diálogo e da capacidade argumentativa. Ao mesmo tempo, esse processo significa um grande entrave, já que essa efetivação depende do “querer”, do “ter vontade” e da “disposição do professor” em correr os
riscos de assumir as mudanças metodológicas, visando à transformação da sala de aula.
Os diálogos, acompanhados de autonomia, se estabelecem entre professores e alunos, a fim de definir os rumos que pretendem tomar com esses estudos. Igualmente, servem para que eles definam sua utilização, o local onde aplicam e o que cada um dos envolvidos pode fazer a fim de contribuir para efetivar a proposta. Em vista disso, o entorno e as conseqüências da proposta passam a ser discutidas e, nesse ponto, os conteúdos são chamados espontaneamente para auxiliar a esclarecer. Essa situação é desencadeadora de outras e, nesse clima, a proposta efetiva-se, fazendo emergir a presença da interdisciplinaridade de maneira natural e espontânea.
Conseqüentemente, os professores passam a não mais agir para os alunos, mas a interagir com eles. Todos os envolvidos iniciam, dessa forma, a tornar-se sujeitos do processo de ensinar e de aprender. Os professores, com essas ações sentem-se mais confiantes em suas capacidades e competências ao realizar outro tipo de trabalho em sala de aula, ou seja, a alteração da proposta de trabalho em sala de aula.
Há, portanto, necessidade de a escola ser a provocadora das transformações, possibilitando, através dessa postura, que os professores se tornem capazes, primeiramente, de investigar suas ações para, após, possibilitar as mudanças aos seus alunos. Com isso, haverá, então, a oportunidade de mais uma vez realizar o exercício da reflexão/ação; ação/reflexão, como forma de transformar se para transformar a realidade em que vive.
Através do movimento de procura dos alunos, gerado pelo educar pela pesquisa, as “certezas” dos professores ficam abaladas, pois, em vista disso, precisam se desacomodar, obrigatoriamente, da sabedoria e da certeza, que acreditavam possuir, para poder entender e mediar as necessidades dos alunos, num trabalho com pesquisa. Nesse ponto é que se efetivam, no nosso modo de entender, as ações sobre o recriar da autonomia, do diálogo e da capacidade argumentativa. Ao mesmo tempo, esse processo significa um grande entrave, já que essa efetivação depende do “querer”, do “ter vontade” e da “disposição do professor” em correr os
riscos de assumir as mudanças metodológicas, visando à transformação da sala de aula.
Os diálogos, acompanhados de autonomia, se estabelecem entre professores e alunos, a fim de definir os rumos que pretendem tomar com esses estudos. Igualmente, servem para que eles definam sua utilização, o local onde aplicam e o que cada um dos envolvidos pode fazer a fim de contribuir para efetivar a proposta. Em vista disso, o entorno e as conseqüências da proposta passam a ser discutidas e, nesse ponto, os conteúdos são chamados espontaneamente para auxiliar a esclarecer. Essa situação é desencadeadora de outras e, nesse clima, a proposta efetiva-se, fazendo emergir a presença da interdisciplinaridade de maneira natural e espontânea.
Conseqüentemente, os professores passam a não mais agir para os alunos, mas a interagir com eles. Todos os envolvidos iniciam, dessa forma, a tornar-se sujeitos do processo de ensinar e de aprender. Os professores, com essas ações sentem-se mais confiantes em suas capacidades e competências ao realizar outro tipo de trabalho em sala de aula, ou seja, a alteração da proposta de trabalho em sala de aula.
Há, portanto, necessidade de a escola ser a provocadora das transformações, possibilitando, através dessa postura, que os professores se tornem capazes, primeiramente, de investigar suas ações para, após, possibilitar as mudanças aos seus alunos. Com isso, haverá, então, a oportunidade de mais uma vez realizar o exercício da reflexão/ação; ação/reflexão, como forma de transformar se para transformar a realidade em que vive.
O observar e o ouvir dos professores em sala de aula, bem como o exercício do questionamento recebido dos alunos e devolvido para eles através do diálogo, as anotações, os registros e a elaboração de sínteses, são ações que devem ser trabalhadas pelos professores, com o objetivo de desenvolver a capacidade de argumentação através da proposta de educar pela pesquisa.
Essas ações, o diálogo, a autonomia e a capacidade argumentativa fazem parte do caminho que cada professor deve construir com sua autonomia, ao se propor alterar sua metodologia de trabalho em sala de aula, e é também o que possibilita qualificar as ações docentes, além do professor estar continuadamente revendo suas posições.
Essas ações, o diálogo, a autonomia e a capacidade argumentativa fazem parte do caminho que cada professor deve construir com sua autonomia, ao se propor alterar sua metodologia de trabalho em sala de aula, e é também o que possibilita qualificar as ações docentes, além do professor estar continuadamente revendo suas posições.