quarta-feira, 3 de junho de 2009

Tecnologias de Informação: O professor eletrônico


Hoje a Internet que modificou a comunicação no mundo está cada vez mais ao nosso redor, intervindo em nossa vida nas perspectivas: política, económica, lazer, investigação, comércio e serviços on line, educação, enfim, nas mais variadas áreas da sociedade.
Sendo assim, podemos afirmar que o computador difere de outros recursos utilizados no ensino pela vastidão de oportunidades que oferece, sendo extremamente complexo falar da competência desse meio.
O computador é um valioso instrumento para desenvolver projetos, para trabalhar temas generantes ou qualquer outro tipo de abordagem educativa. Assim, é importante que os alunos compreendam os recursos tecnológicos como alternativas possíveis para a realização de determinadas tarefas. Para tanto, o educador necessita desenvolver um ambiente de aprendizagem em que os educandos possam ter determinação, resolver problemas, possibilidades para alinhar erros e criar conclusões pessoais.
Há diversos meios de pesquisas de informações, a mais determinante é a World Wide Web (WWW) e a Internet é a mais utilizada. A WWW é um sistema de gestão de informação apoiado em hipertexto, num sistema chamado (HTML) e usando um protocolo especifico (HTTP), adequando informações sobre muitos temas.
O professor utiliza um recurso tecnológico, possibilitando que os alunos assimilem práticas sociais que usam tecnologias e sendo assim, criem atitudes para se correlacionam com a “Tecnologia da Vida”.
Os computadores podem ser utilizados no ensino para ajudar, reforçar e motivar a aprendizagem das disciplinas curriculares. No sistema de educação, o computador, especificamente a internet, convocou um enorme manancial didáctico, propiciando a busca de dados contidos em bibliotecas, universidades, livrarias, pesquisadores de admiradas instituições dos mais variados cantos do mundo.
A educação nunca mais será a mesma e por isso vários educadores estão sendo obrigados a modificar sua maneira de leccinar. O mercado de trabalho, as universidades, os pais dos alunos exigem uma formação escolar que torne os jovens capazes de analisar uma quantidade cada vez maior de informação. Não existe hoje, fonte mais ampla de dados.
Muitos autores têm chamado à atenção para a exigência da Internet na educação. Gokhale (1995, apud MOURA, 1998 p.129-177) acredita que a aprendizagem cooperativa dá aos alunos a adequação para entrar em discussão com os outros, tomar o ajuste pela própria aprendizagem, e assim torná-los capazes de pensamento crítico.
Ellsworth (1997, in MOURA, op.cit.) observa que vivemos numa sociedade apoiada na informação, precisando-se a capacidade da conquista e análise dessa mesma informação. Desta forma, o mundo contemporâneo determina que o homem seja capaz de pensamento crítico e capaz de resolver problemas.
Moura, (1998) ressalta além de ser uma óptima e importante fonte de informação, a Internet proporciona a interacção com os outros, ou seja, o atributo de opiniões, sugestões, críticas, e visões alternativas. Na escola, o computador e a utilização da Internet não poderá deixar de ter enorme consideração pedagógica de acordo com este autor:
"A Internet faz hoje parte do nosso mundo, incluindo o espaço escolar, e a educação não pode passar ao lado desta realidade. Este novo recurso põe à disposição um novo mar de possibilidades para novas aprendizagens, permite a interacção com outras pessoas das mais variadas culturas, possibilita o intercâmbio de diferentes visões e realidades, e auxilia a procura de respostas para os problemas. Ela é um excelente recurso para qualquer tipo de aprendizagem, em particular nas aprendizagens em que o aprendente assume o controlo". (MOURA, 1998 op.cit.).
Valzacchi, (2003) ressalta que a utilização do computador como um material didáctico, especificamente a Internet, pode chegar a ser muito produtivo:
"Aprender a aprender e a desenvolver a criatividade são habilidades críticas na sociedade onde o conhecimento se renova com velocidades inesperadas".
"Através de diálogos entre os pares, entre alunos e professores ou em comunidades de aprendizes".
"Este repensar da perspectiva educativa incide largamente na relação entre a Internet a aprendizagem, toda vez que se faz uso desse meio, se use predominantemente para fazer a diferença (novo paradigma, actuar sobre objectos de conhecimento e interagir entre grupos de pessoas), tomando como marco o global, mas sem perder de vista o local. Os currículos globais começam a ser cada vez mais uma crescente preocupação dos educadores das organizações". (VALZACCHI, 2003 p.129-177).
Ajustando com Garcia, quando regista que as escolas hoje estão muito fora do contexto do uso das tecnologias da informação em relação aos outros fragmentos da sociedade (GARCIA, 1997, p.5). Exige-se, dessa maneira, inteirar a escola com os recursos cedidos pelo computador ligados à internet auxiliando na qualidade do ensino e da aprendizagem. Utilizar o uso da Internet como preciosa ferramenta de aprendizagem na pesquisa, proporciona aproximação e comunicação entre alunos e professor, acordando com Moran, (2001) quando afirma que podemos alterar a forma de leccionar:
"Com flexibilidade procuramos adaptar-nos às diferenças individuais, respeitar os diversos ritmos de aprendizagem, integrar as diferenças locais e os contextos culturais. [...] Ensinar e aprender exigem hoje muito mais flexibilidade espácio-temporal, pessoal e de grupo, menos conteúdos fixos e processos mais abertos de pesquisa e de comunicação". (MORAN, 2001 p.29).
Conforme Moura, (1998) " a Internet, e em especial a World Wide Web (WWW), torna-se um "recurso valioso que é necessário aproveitar, tendo especial importância nos projectos de aprendizagem [...] (MOURA, 1998 p.129-177) ”.
Uma teoria que nos mostra como, por exemplo, introduzir a pedagogia de pesquisas no ensino fundamental foi descoberta por Martins, (2001). O autor desenvolve uma proposta pedagógica com base na teoria de que é fundamental motivar e envolver o educando para que sua formação e ensino sejam significativos:
“ [...] os alunos participem e se envolvem em seu próprio processo de aprendizagem e o compartilhem com outros colegas, como também exijam que o professor enfrente desafios de mudanças, diversificando e reestruturando, de forma mais aberta e flexível, os conteúdos e escolares". (MARTINS, 2001 p.18).
Unir então, o rico manancial de informações que temos na internet à pedagogia de projectos e pesquisas, afirmamos o que Gardner, citado por Smole, disse “que o propósito da escola deveria ser educar para a compreensão e para ajudar os alunos a encontrar o seu próprio equilíbrio (SMOLE, 1999, p.19) ”.
Perini (2001) ressalta a ausência de uma devida competência dos alunos e a falta de projectos de pesquisas no ensino básico como promotora de criatividade e de busca a novos caminhos na construção do saber e como formadora de consciência perante os fatos. (PERINI, 1996 in MARTINS, 2001 p.44).
A afirmação de Perini (2001) demonstra a actual fase que se encontra a escola, pois encontramos ainda uma didáctica tradicional baseada na transferência dos conhecimentos pelo educador e impondo aos alunos a memorização desses conhecimentos. Com isso, afirmamos que, a pesquisa poderá contribuir para a formação de uma escola moderna com uso de novas tecnologias de informação e comunicação condizendo o que pais e alunos de hoje esperam do ensino e da instituição escolar: uma escola moderna, preparada, dinâmica, que estimulam educandos e educadores na construção colectiva e busca do conhecimento. Isabel Borrás, (1996 apud VALZACCHI, 2003, pp. 228-230) ressalta a utilização de Internet como forte aliada e valioso material didáctico para a aprendizagem, de acordo com os princípios de três teorias: Construtivismo, Teoria da Conversação, e a Teoria do Conhecimento Situado.
Actualmente a teoria do construtivismo e a construção em torno da aprendizagem construtivista têm levantado considerável interesse. Segundo Bodner, (sd, apud VALZACCHI, 2003, pp.223-245) o exemplo construtivista de conhecimento pode ser categórico com a seguinte frase: "O conhecimento é construído na mente do aprendiz". Partindo da teoria construtivista, os dados que notamos com nossos sentidos e os esquemas cognitivos que usamos para conhecer esses dados e informações existem em nossa mente.
Porém , não podemos nos esquecer de que o computador também pode ser uma fonte pra deixar os alunos “preguiçosos” como pesquisadores. Sabemos que a Internet tem muito lixo, muita informação repetida, banalidades e também muito marketing. Tudo isso deixa os alunos um tanto dispersos.
Para ensinar os alunos pesquisar seriamente é necessário que o educador age mediando acções pedagógicas o que faz da educação uma função activa de aprendizado colectivo numa relação mais socializada e humana. Defende-se a utilização da Internet como rico material didáctico, fonte de aprendizado significativo, e aperfeiçoar a prática pedagógica dentro deste novo contexto educacional que se espera da escola moderna e que tenha um projecto pedagógico antes de se “aliar” ao computador. Esse processo de liberdade para pesquisas com o computador, por exemplo, obriga muitos mestres a abrir mão do privilégio de ser os detentores exclusivos e únicos do conhecimento.
Sabemos que o bom profissional nos dias atuais define-se pela capacidade de encontrar e associar informações, de trabalhar em grupo e de se comunicar com desenvoltura e a utilização do computador como material didáctico no meio educacional é pertinente e pode contribuir com a formação destes futuros profissionais.
Assim a escola deve articular e promover metodologias novas utilizando os computadores ligados à Internet auxiliando na aprendizagem. Parte-se do princípio de que "escola já não é a primeira fonte de informação para os alunos e que o professor também não é mais a única fonte de informações e conhecimentos para os alunos construírem conhecimentos significativos" (POZO, 2004, p.10).
A utilização da Internet para o desenvolvimento de pesquisas oferece ao professor uma ajuda para promover iniciação a nova cultura da aprendizagem: da informação ao conhecimento.
O estudante terá futuro, se souber lidar com imprevistos e adaptar-se às mudanças, fazer suas pesquisas e interpretar dados. Os educadores têm que prepará-los para isso, preparando os ambientes digitais de aprendizagem e de acordo com Almeida, "Ambientes digitais de aprendizagem são sistemas computacionais disponíveis na internet, destinados ao suporte de atividades mediadas pelas tecnologias de informação e comunicação (ALMEIDA, 2003 p. 332)".

referêcia: http://labspace.open.ac.uk/mod/resource/view.php?id=365572

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